quinta-feira, 29 de outubro de 2009

"O" evento - domingo, último dia

Domingo, 04 de outubro de 2009.


O dia começou com muito axé. Mestre Plínio, sua família e os Angoleiros Sim Sinhô comandaram um afoxé maravilhoso pelas ruas do Bexiga. Saímos do nosso Zungu, passamos pelo Ile Axé Yiá Oxum e terminamos na Praça Dom Oreone, mais precisamente na Pracinha São José- as famosas escadarias do Bexiga.

O afoxé fez uma linda homenagem a Mestre João Grande. E contou com a participação de mestres como Mestre Bigo, Gaguinho, Limãozinho, Dinho Nascimento, Russo e tantos outros.
Um agradecimento especial ao Tata Mokutalofange (Anderson D'Ogum), que garantiu que tudo corresse bem.
Como não podia deixar de ser, um samba-de-roda aconteceu espontaneamente, enquanto a roda de capoeira não começava. Nesse momento, outros mestres foram chegando. Entre eles, Mestre Cavaco, Mestre Zumbi, Mestre Adelmo. E para comandar tudo ao lado do Mestre João Grande, nosso querido Mestre Ananias.



Depois da roda, um almoço mais que especial preparado pelas mãos do babalorixá Francisco de Oxum, um dos nossos padrinhos espirituais. Pai Francisco abençoou a casa e os convidados especiais. Mestre Russo projetou novamente seu filme, O Zelador, para fechar a programação.

Mas foi aí que um momento mais do que especial apareceu. Mestre João Grande, com toda sua generosidade, resolveu presentear os convidados que se mantiveram até o fim. Em um momento muito raro, ele se dispôs a conversar e a responder as perguntas de todos.

Ao lado de Mestre Bigo, contou muito da sua vida na capoeira, do tempo de Mestre Pastinha, das rodas de rua de Salvador. Respondeu a todas as questões com bom humor e alegria. Momento para poucos. Para privilegiados. Fechamos a programação com chave de ouro. Obrigado, mestres.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"O" evento - sábado, terceiro dia

Sábado, 03 de outubro.


O dia começou com uma das atividades mais esperadas: a oficina com Mestre João Grande. O Mestre surpreendeu a todos com sua didática e explicação detalhada dos movimentos. Ao final, uma roda onde todos que participaram da oficina puderam jogar e tocar.
Estilos diferentes, escolas diferentes: todos juntos pela capoeira.





À tarde, um momento mais que especial a todos: a apresentação cultural, feita pelas crianças. Os alunos do Zungu mostraram um pouco do que aprendem todos os dias. Ciranda, coco, maculelê, puxada-de-rede, samba-de-roda, jongo com a Comunidade do Jongo de Tamandaré. E, claro, muita capoeira.

A apresentação arrancou lágrimas dos pais, surpreendeu educadores e mestres. "Uma das coisas mais lindas que já vi"- palavras de Mestre João Grande.

Também aconteceu a troca de graduações e, ao final, mais uma boa roda.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"O" evento - Sexta-feira, o segundo dia

Sexta-feira, 02 de outubro.



- Jongo
Tivemos a honra de receber, na nossa casa, nossos parceiros da Comunidade do Jongo de Tamandaré (Guaratinguetá). O axé dos tambores ancestrais e a alegria da comunidade impressionou a todos, inclusive Mestre João Grande que já estava entre nós e ficou muito feliz.

- Roda
A casa cresceu. Uma roda com Mestre João Grande, Mestre Bigo, Mestre Ananias, Mestre Russo. Amigos e capoeiristas do Brasil e até de fora (Indonésia, Malásia, USA). Uma pequena multidão que pôde compartilhar esse momento único.

"O" evento - Quinta-feira, o primeiro dia

Quatro dias de resistência cultural. Muitas lições, convivência entre diferentes escolas, apresentações, alegria, festa. A sabedoria dos mestres. O melhor da capoeira, a força da nossa cultura.
Acima temos algumas tentativas de explicar como foi nosso evento. Mas é difícil. Por isso, vamos descrever um pouco do que aconteceu nos dias 1, 2, 3 e 4 de outubro na Bela Vista, São Paulo.

Quinta-feira, dia 01 de outubro:

- À tarde, uma aula especial para as crianças comandada pelo Mestre Adelmo. Brincadeiras, história, capoeira de qualidade. Depois, o batizado e troca de graduações. Já com as presenças de Mestre Russo e Mestre Ananias. Momento especial que marcará muitas vidas.




- Palestra do Mestre Russo.
Quem esteve lá sabe. Além de grande capoeirista, "o zelador" é um homem de sabedoria. Calmo, equilibrado, inteligentíssimo, mostrou a todos que capoeira também se joga com a cabeça (sem precisar dar nenhuma cabeçada).

- Apresentação do filme O ZELADOR.
Imperdível. Um belo filme, que mostra um pouco da história da capoeira no Rio de Janeiro, do Brasil e de uma grande família.



- Samba-de-roda com Mestre Ananias e Garôa do Recôncavo
Festa das boas. Com o que existe de mais rico na nossa cultura. "Quem samba fica, quem não samba vai-se embora..."

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mestre João Grande em São Paulo



Preparem-se. Nosso grande evento está chegando.
Mestre Ananias, Mestre Bigo (Francisco 45), Mestre Plinio.
O jongo com a comunidade que manteve vivo o jogo: Comunidade do Jongo de Tamandaré.
O samba com quem entende de samba: Garôa do Recôncavo.
O afoxé com quem vive há anos o afoxé: Mestre Plínio.
Traremos também um pouco da história da capoeira do Rio de Janeiro, da roda de rua mais tradicional de lá: Mestre Russo de Caxias.
E, é claro, um convidado mais que especial: Mestre João Grande. Esse grande nome da capoeira mundial finalmente de volta a São Paulo.

O evento também será o momento das crianças mostrarem o que aprenderam, em um grande show cultural. Onde elas terão uma aula especial só para elas, com o Mestre Adelmo. E oned nossa comunidade entrará em festa.
As vagas são limitadas. Entrem em contato com a gente: Cacá (81788486) ou Cabeleira (84165234).
Mais informações aos poucos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

E lá no Mato Grosso do Sul o berimbau toca bonito


Dos dias 20 ao 23 de agosto aconteceu em Três Lagoas, MS, o I Encontro Cultural AfricaBrasil Capoeira. E o Zungu esteve lá, com o Professor Cacá ministrando uma série de oficinas como convidado especial do evento.
Foram três dias de capoeira, maculelê, puxada-de-rede, samba. Aulas para crianças, adultos e o pessoal da terceira idade. Uma festa cultural com a presença de muitos capoeiristas da região, que aconteceu graças à Juliana e à Fernanda. Com certeza, voltaremos a Três Lagoas para rever esses novos amigos.



Nas fotos: Cacá dando aula para as senhoras da "melhor idade"; Anderson e Juliana mostrando um pouco do maculelê; Cacá saindo para o jogo com Mestre Gil Dourado.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Encontro de Pontinhos de Cultura / Espaços do Brincar: Zungu esteve lá


Semana passada aconteceu em Brasília o Primeiro Encontro Nacional dos Pontinhos de Cultura. Foram quase 200 organizações do Brasil todo se reunindo por 3 dias para trocar idéias sobre a infância, o brincar e as diretrizes culturais do governo para as crianças.
O apoio aos Pontinhos de Cultura é uma ação conjunta da SAI/MinC e da Secretaria de Cidadania Cultural (SCC/MinC), por meio do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura.
Horas e horas de conversas, palestras, apresentações. E voltamos para casa com a pasta cheia de contatos, algumas idéias e este troféu em forma de pião.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ONGs de capoeira e trabalho com crianças

Estamos com um novo projeto. Vamos fazer uma roda com crianças do mundo todo. Como? Simples: quem tiver um trabalho com crianças vai filmar um pouquinho de uma roda e mandar para a gente. Vamos editar as filmagens e fazer um filme só, uma grande roda. Se você tem algum trabalho com capoeira e crianças ou conhece alguém que tem, clique no link rodamundial.blogspot.com e saiba como participar. Corra. É uma chance de mostrar seu trabalho e ainda participar de algo inédito.

Mais uma vez, o endereço: rodamundial.blogspot.com
email: rodamundial@gmail.com

terça-feira, 7 de julho de 2009

Fotos Festa Junina

A casa ficou lotada. É incrível o quanto nosso pequeno Zungu cresce nas festas. Ao longo do dia (a festa começou às 14h00 e terminou lá pelas 21h30) mais de 250 pessoas vieram comemorar nossa Festa Junina. E aí vão algumas fotos:


O começo da festa, com muita comida típica.


Fila para a pescaria e para derrubar latinhas.




Brincadeiras, gincanas, alegria.
Salve Santo Antonio! Salve São João! Salve São Pedro! E ano que vem a festa promete crescer ainda mais.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Mestre Tiburcinho: batuque, capoeira e o que mais o recôncavo tivesse


Mestre Tiburcinho, também conhecido como Tibúrcio de Jaguaripe, é lembrado entre poucos capoeiristas (infelizmente, poucos capoeiristas mesmo hoje em dia) como um mestre de batuque. Mas ele também foi um grande mestre de capoeira e figura importante da cultura popular brasileira.
Tibúrcio José de Santana nasceu por volta de 1870 em Jaguaripe. Aprendeu o batuque com Mestre Bernardo, ali no Recôncavo mesmo. Foi um grande batuqueiro e um dos últimos a preservar essa arte (o batuque era uma luta/dança parecida com a capoeira, onde os jogadores usavam as pernas para desequilibrar o adversário, jogada ao som de músicas, ritmada por pandeiros e bastante violenta, uma vez que muitos golpes tentavam acertar a região genital ).
Chegou em Salvador de saveiro, como a maioria dos trabalhadores da região. Conheceu a capoeira de Salvador no Mercado Popular e se enturmou com os capoeiristas locais, se tornando um deles. Ficou famoso nas rodas de capoeira pela sua habilidade.
Depois de algum tempo, Mestre Tiburcinho começou a freqüentar a academia de Mestre Pastinha e era muito visto por lá. Com mais de 80 anos, era um capoeirista malicioso, mandingueiro, perigoso. Cantava sempre músicas da outra luta que praticava, mantendo-as vivas, como:
Ê loandê... Tiririca é faca de cortá... num me corta molequinho de sinhá...
Outro fato importante para a cultura brasileira é que foi Mestre Tiburcinho, levado a Mestre Bimba por Mestre Decânio, quem ajudou o famoso criador da Capoeira Regional a lembrar-se de muitas cantigas e até coreografias de maculelê. Graças a esse encontro, Mestre Bimba começou a colocar o maculelê em apresentações com seu grupo (o que fez com que o maculelê fosse estudado e apresentado por vários grupos de capoeira até hoje). Se o batuque Mestre Tiburcinho não conseguiu manter vivo, a "redescoberta" do maculelê teve uma grande força dele.
Esse grande Mestre participou do “Dança de Guerra”, filme de Jair Moura. É citado entre outros capoeiristas no livro “Tenda dos Milagres”. E a gente faz questão de lembrar o nome dele por aqui.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Santo Antonio, São João e São Pedro


Vamos comemorar nossa festa junina neste sábado, dia 27, a partir das 14h00. Apareça.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Gingando no Museu de Arte de São Paulo


Nossos alunos têm contato direto e diário com a arte popular, a cultura popular. Mas não só isso. Na nossa Escola, as crianças também têm contato com artes plásticas, do tipo que as pessoas costumam rotular de "alta cultura". A Frederica, uma das nossas educadoras, uma vez por semana passa aos alunos um pouco da história das artes e faz oficinas com eles. Por isso, quando fomos ao MASP conhecer a exposição do Vik Muniz, nossos pequenos capoeiristas se identificaram com o que viram. A Raquel, que nunca tinha pisado em um museu, disse que achou "tudo muito lindo". A Saracura gostou de uma obra feita com brinquedos e mostrando um soldado: "uma crítica à guerra". Muitos gostaram da Monalisa feita com geléia e doce de leite ("mas não era do Leonardo da Vinci?"). Com a ajuda da Frederica, técnicas e conceitos foram explicados. E o MASP foi mais um passo para formar esses nossos pequenos artistas.

domingo, 14 de junho de 2009

Nossos antepassados



Devemos sempre lembrar daqueles que vieram antes de nós. A capoeira só está por aqui hoje graças a muitos nomes do passado. Ao entrar na roda devemos agradecer a todos, desde o primeiro africano que, escravizado, chegou ao nosso país trazendo sua cultura e inteligência até nosso companheiro de jogo.
Nas rodas de capoeira lembramos sempre de Mestre Pastinha, Mestre Waldemar e Mestre Bimba. Mas, além deles, muitos outros fizeram parte da capoeira. Nomes desconhecidos, que se perderam no tempo, de gente que deu seu suor e muitas vezes seu sangue pela nossa arte. Para nossa sorte, alguns ficaram mais famosos e foram registrados.

Aqui temos alguns nomes, de Salvador, no começo do século XX:

Age Pintor (Pau da Bandeira, Rua do Chile), Agostinho Ponta, Alfredo, Algemiro Grande Olho de Pombo (estivador na zona marítima, muito temido), Amaralina, Amorzinho Guarda, Antoninho da Barra (Açougueiro), Antônio Boca de Porco (estivador Julião), Antônio Coró (carroceiro do Cais Dourado), Antônio Galindeu (mestre de lancha de Cachoeira de Paraguaçu), Augustinho Pantalona (mestre de Avarengueiro), Avarengueiro, Balbino Carroceiro (Cais Dourado), Barbosa (carregador de canto, do largo Dois de Julho), Bardelha, Basílio (carregador da rampa do Mercado Modelo), Bedaço, Bemor do Correio Federal (marinheiro do Ministério da Guerra), Benedito Cão (Engenho Velho de Brotas), Bento Grande de Brotas (que usava moletas como disfarce), Bilusca Pescador de Barra Fora (da Preguiça), Boca do Rio, Bonome, Caboquinho Estivador (cais do Porto Julião), Cândido da Costa (Cândido Pequeno: argolinha de ouro, campeão baiano e mestre de Noronha), Cara Queimada, Chico Me Dá Me Dá, Chico Três pedaços (vendedor de peixe no Mercado Santa Bárbara, Baixa do Sapateiro), Cimento de Itapoã (pescador de Barra Fora, Itapoã), Daniel Coutinho Noronha (Noronha), Ducinha, Ecavino, Edigar Carrocinha (sapateiro do Maciel de Baixo), Espírito de Porco, Estevinho Pequeno, Estivador, Fausto Grande, Feliciano Bigode de Seda (carregador, lá do Pilar), Galo do Bozó, Gasolina Pescador, Geraldo Chapeleiro (ladeira do Tabohã), Geraldo Pé de Abelha (engraxate, Mercado Modelo), Governador (carregador do Cais), Henrique, Hilário Chapeleiro (pai de santo, Itapoã), Inocêncio Duas Mortes (cabo eleitoral, de Boa Viagem), Júlio Cabeça de Leitoa, Juvenal Engraxate (Mercado Modelo), Lamite Carregador (o grande Lamite, diminutivo de Dinamite, respeitado até pela polícia, homem que encabeçava uma das festas da escadaria do Cais do Ouro, Pilar) Livino Boca da Barra (o Malvadeza), Lona Grande, Lúcio Pequeno (Trapicheiro, da Praia da Preguiça), Macaco, Marco Pequeno, Maré, Nouzinho da Caroagem, Onça Preta, Paquete do Cabula, Pedro Mineiro (carregador, da Praça da Sé), Pedro Porrêta (vendedor de peixe no Mercado Santa Bárbara e trapicheiro no Pilar), Pedro Trinta e Um (carregador, do Maciel de Baixo), Percílio (engraxate, Mercado Modelo), Pesado, Piedade (carregador, raça da Sé), Piroça (vendedor de peixe, Mercado Santa Bárbara, Baixa do Sapateiro), Primo Estivador, Raimundo ABR. (pedreiro, Santa Casa de Misericórdia), Ranzino, Ricardo do Cais do Porto (Doca da Bahia), Samoel Grande da Calçada (carpinteiro), Samuel Pescador de Barra Fora (rampa do Modelo), Sargento do Izeito Odean, Sete Mortes, Simão Diabo, Suriano, Taviano (carregador do Cais), Tibirí Focinho de Porco (condutor de bonde de burro, Correio Nacional), Tibujú Boca de Arraia, Totonho de Maré (estivador, Cais do Porto), Vermelho, Verpó (estivador, cais do Porto Julião), Viarço Pequeno (Carvão de Pedra, Areia do Sete), Victor H.U. da Curva Grande (pescador de Barra Fora, Rio Vermelho), Ximba Cabo da Escradão e Zehi.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Direitos




Todos os dias da semana temos aqui na nossa Escola 40 crianças e adolescentes. Nossos princípios aqui são baseados em uma série de ensinamentos. A tradição da capoeira, o respeito aos mais velhos que produzem a cultura popular, o respeito aos livros e à leitura.
E, principalmente, o respeito ao Estatuto da Criança e Adolescente. Por isso, colocamos também aqui no blog, com a ajuda do Mauricio de Souza e da Turma da Mônica, um pouquinho disso.





quarta-feira, 13 de maio de 2009

Por que COMPRAR um CD de capoeira?


Esse texto é para os capoeiristas. Hoje está cada vez mais fácil conseguir CDs piratas de capoeira. Ou até mesmo baixá-los na internet. Então, por que ter um CD original e gastar “fortunas” como 15, 30 ou 40 reais por eles?
Em primeiro lugar, ter um CD de um mestre respeitado nos ajuda a aprender. E muito. A capoeira não existe sem música, sem som. Muitos não têm a oportunidade de estar ao lado desses homens que a produzem ao vivo. Alguns desses CDs são documentos históricos, que ouvidos com cuidado podem dar muitas lições (e que, por isso, estão arquivados em museus nos Estados Unidos, França, Alemanha). Bom, mas escutar e ter as músicas... Isso dá para fazer baixando na internet, né?
Aí entra o segundo ponto. Os CDs de capoeira são produzidos de forma independente. Não são lançados por grandes gravadoras. O dinheiro da venda deles se torna, muitas vezes, a fonte de renda de muitos desses mestres. Mestres que têm o saber, que viveram uma vida toda lutando pela nossa cultura. E que, na maioria das vezes, vivem em condições precárias.
Hoje muitos capoeiristas batem no peito e dizem se revoltar contra a maneira como morreram mestres como Bimba e Pastinha, pobres. Mas vão lá e copiam um CD de um mestre como Ananias, por exemplo. Eles estão ROUBANDO esses mestres.
Na contracorrente existem atitudes nobres. Um grupo de pessoas que nem se conhece direito pessoalmente, se juntou. Compraram gravações antigas (de 1951) de um museu nos Estados Unidos, juntaram com outras gravações de 1989 e fizeram um CD histórico do Mestre Waldemar. E a renda será totalmente revertida para o Mestre Bigodinho em Salvador. É um grupo virtual de amigos, gente da Comunidade Do Mestre Pastinha na Internet. É esse tipo de atitude que devemos tomar como exemplo.

Os CDS que ilustram esse texto podem e devem ser adquiridos. Comente esse texto pedindo algum dos CDs que passaremos os contatos diretos dos mestres.
O CD do Mestre Waldemar pode ser pedido diretamente através do
cdmestrewaldemar@gmail.com

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Escola Cultural Zungu Capoeira: Pontinho de Cultura!



Nosso trabalho com as crianças foi reconhecido. Recebemos o Prêmio Ludicidade Saberes da Infância. Agora, nossa Escola é um Pontinho de Cultura.


Esse reconhecimento que o Ministério da Cultura nos dá é muito importante para que possamos continuar dando nossas aulas diárias aqui no Bixiga. Assim nossas 40 crianças e adolescentes podem continuar com as aulas de capoeira (e tudo que a capoeira oferece), leitura, percussão, história, dança popular, brinquedos e brincadeiras, artes plásticas, inglês.


Foi com muito suor que a gente conquistou isso. E vamos continuar suando bastante para sempre conquistar mais.




sábado, 14 de março de 2009

Do outro lado do mundo


Hoje, dia 14 de março de 2009, alguns membros do Zungu estão indo para a Indonésia. Cacá, dois graduados e nosso amigo Professor Marcelo, do grupo Ngolo Iamuanda.

A gente sabe a responsabilidade que é representar a nossa cultura, o nosso país, lá fora. Nossa família está indo para o evento BRASIL VISITA, uma pequena mostra da nossa cultura naquele país. O Zungu sabe o peso que carrega ao fazer isso. E trabalha para que tudo aconteça da melhor maneira possível.





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Iniciando com o pé direito


Nossa Escola iniciou o ano da melhor maneira possível: com um passeio ao Museu AfroBrasil agora em fevereiro. Quer lugar melhor para mostrar aos alunos de onde viemos e qual nossa origem? Aquela foi a primeira vez que muitos pisaram em um museu. E, pela alegria deles, com certeza nao será a ultima.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Brinquedos e brincadeiras



Nossa Escola sabe a importância da brincadeira, do brinquedo. Toda criança precisa brincar (até aquelas de 90 anos). Em uma cidade como São Paulo, cheia de cinza e com poucos espaços para a infância, fazer renascer brinquedos e brincadeiras é muito difícil. Mas a gente faz nossa parte, como em uma aula do final do ano passado, que as crianças lembram sempre (e que se repetirá mensalmente).



Nessa primeira aula, construímos alguns brinquedos muito simples e divertidos. No começo, os mais velhos não estavam muito empolgados com a idéia. Mas depois de criar um helicóptero apenas com um pedacinho de papel... Um pára-quedas com saco plástico, linhas e jornais... Bom, aí a história mudou.

A base dessa aula foi um livro muito, muito especial. O livro está na nossa biblioteca e se chama "Barangandão Arco-Íris", do Adelsin. Quem puder, leia e use.