
Como alguns já sabem (e foi citado por Carlos Primo Vaz no blog oficial da Casa Mestre Ananias), Mestre Ananias trabalhou em muitos palcos na cidade de São Paulo.
No teatro, entre outros trabalhos, participou da encenação de duas peças do talentoso e famoso Plínio Marcos: Balbina de Iansã e Jesus Homem.
Na biografia de Plínio Marcos (chamada Bendito Maldito), escrita por Oswaldo Mendes e lançada no final 2009, no meio das quase quinhetas (497) páginas que contam a história desse gênio do teatro, temos um trecho que interessa aos capoeiristas.
Depois da estreia de Balbina de Iansã, uma crítica dizia que a peça desrespeitava o candomblé. No jornal Diário da Noite, em 20 de janeiro de 1971, Plínio Marcos rebateu evocando uma figura bem conhecida de todos nós:
"Mestre Ananias, ogã de valor comprovado, homem nascido e criado dentro dos terreiros e que deu seu testemunho em favor do espetáculo..."
Plínio Marcos sabia das coisas. Quando tentaram passar uma rasteira nele, chamou logo o nome de um grande capoeirista.